17/07/2020

Refletindo sobre a RAIVA no atual cenário da Covid 19

No atual cenário pandêmico, cabe à Academia de Medicina Veterinária no
Estado do Rio de Janeiro levar toda população fluminense à uma reflexão sobre a
RAIVA, que é uma das mais graves e antigas das ZOONOSES.

Medidas de ordem sanitária adotadas em função da pandemia da Covid19, em
destaque o isolamento social, permitiram que a Natureza se reinventasse frente aos
anos de agressões causadas pelos seres humanos gerando tantos desiquilíbrios
ecológicos. Dessa forma a diminuição repentina no turbilhão de elementos gerados
pela população humana, como por exemplo a diminuição do movimento de pessoas
nas áreas urbanas, do excesso de barulho dos motores de aviões, helicópteros,
caminhões, máquinas, carros, motos e tantos outros, vem propiciando com que a
natureza tente se recuperar dessas grandes feridas, permitindo que seus habitantes
nativos retornem ao seu espaço e modo de vida, razão pela qual vêm sendo
visualizadas espécies silvestres que há muito não eram encontradas nas áreas
urbanas. Dentre elas, os mamíferos de vida livre, que podem ser veiculadores de
vírus da Raiva, e desenvolverem a doença, com a consequente possibilidade de
transmissão ao Homem.

Frente a esta possível ocorrência, a Academia de Medicina Veterinária no
Estado do Rio de Janeiro alerta a população em geral quanto a necessidade de estar
atenta em relação a medidas básicas e essenciais para a prevenção e controle da
Raiva em animais domésticos:

a) Não se aproximar, muito menos alimentar, animais silvestres, principalmente se
estes se apresentam com comportamento diferenciado do natural;
b) Manter atualizada a vacinação contra a Raiva dos animais de companhia,
especificamente CÃES e GATOS;
c) Manter atualizada a vacinação contra a Raiva dos animais de produção;
d) Atenção para a presença de MORCEGOS, tanto no meio urbano quanto rural,
pois são eles os principais transmissores naturais de vírus da Raiva;
e) No meio urbano, fendas de dilatação de prédios e forros de telhados servem de
abrigo para os morcegos, mas também pequenas cavidades e matas, razão pela
qual residências nas proximidades destas estruturas deverão telar suas janelas,
portas e entradas de ventilação de telhados, sendo possível manter uma luz acesa;
f) No meio rural em estábulos e currais, sempre que possível utilizar tela e manter
luz acesa; no campo aberto, estar atento para a espoliação noturna pelos
morcegos hematófagos no gado, nos animais de trabalho e nas aves.

Em situações de contato com morcegos:

a) Contato do homem com morcegos no ambiente rural, entrar em contato
urgente com a unidade de saúde mais próxima;
b) Contato de animais com morcegos, no meio urbano, entrar em contato urgente
com o Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde;
c) Contato de animais com morcegos, no meio rural, entrar em contato urgente
com o Serviço Sanidade Animal da Secretaria Municipal de Agricultura ou
Secretaria Estadual de Agricultura;
d) Ao encontrar um morcego caído no chão, isolar o ambiente colocando um
balde por cima dele, e entrar em contato urgente com o Serviço de Controle
de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, o Serviço Sanidade Animal
da Secretaria Municipal de Agricultura ou a Secretaria Estadual de
Agricultura.

Academia de Medicina Veterinária no Estado do Rio de Janeiro

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