29/05/2013

CERTIFICADO RECONHECIMENTO PROFISSIONAL

Presidente da AMVERJ recebe homenagem do Rotary Internacional durante a XXVIII Conferência na cidade de Nova Friburgo- RJ, no dia 24 de maio de 2013.

A homenagem se deu pelo reconhecimento do padrão de qualidade e ética 'A SERVIÇO DA PAZ' e pela divulgação da divulgação da  Medicina Veterinária junto a sociedade.



28/05/2013

CONVITE PARA A REUNIÃO DO VALOR PROFISSIONAL DO CRMV-RJ

A AMVERJ convida para a REUNIÃO DO VALOR PROFISSIONAL DO CRMV-RJ, que dará lançamento e discussão da Legislação do Responsável Técnico.

Data: 17/06
Horário: 16h
Local: Centro de Convenções Bolsa de Valores do RJ - Praça XV, n 20.

27/05/2013

Posse da Médica Veterinária, DEILA MARIA FERREIRA SCHARRA como membro da Academia Fluminense de Letras


No dia 23 de maio às 17h a AMVERJ se fez presente na posse da colega Médica Veterinária, DEILA MARIA FERREIRA SCHARRA como membro da Academia Fluminense de Letras.

Primeira Médica Veterinária empossada na Academia Fluminense de Letras.



Aristeu Pessanha Gonçalves- presidente  AMVERJ; Phyllis Catharina Romijn- vice-presidente da AMVERJ; Deila Maria Ferreira Scharra- médica veterinária acadêmica da AFL; Waldenir de Bragança- presidente da AFL; Deoclécio Bezerra Brito- acadêmico AMVERJ; Rogério Alvares- secretário AMVERJ; Cleo Carneiro Baeta Neves- membro do Conselho Fiscal AMVERJ; Marcio Figueiredo- professor UFF e Newton da Cruz Rocha- membro do Conselho Fiscal AMVERJ.



Segue abaixo o discurso de posse da dra. Deila:

EXMO. SR.  PRESIDENTE DA ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS,  DR. WALDENIR DE BRAGANÇA, DEMAIS ACADÊMICOS E CONVIDADOS AQUI PRESENTES.

  É UMA HONRA SER CONVIDADA PARA INTEGRAR A ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS, DA QUAL FAZEM PARTE ESCRITORES RENOMADOS E RESPEITADOS DENTRO DA NOSSA SOCIEDADE. COMPREENDO A RESPONSABILIDADE DO CARGO QUE VOU OCUPAR NA CLASSE DAS ARTES E ESTEJAM CERTOS QUE MUITO ME EMPENHAREI PARA JUSTIFICAR A CONFIANÇA QUE DEPOSITARAM NO MEU TRABALHO NO CAMPO DA MÚSICA.

NESTE MOMENTO, VOLTO NO TEMPO PARA ENCONTRAR A RESPOSTA PARA UMA PERGUNTA QUE SEMPRE É FEITA QUANDO AS PESSOAS SABEM QUE SOU UMA MÉDICA VETERINÁRIA QUE TRABALHOU 37 ANOS NA SUA PROFISSÃO E QUE TAMBÉM É MUSICISTA. A PERGUNTA É A SEGUINTE: O QUE É QUE A MÚSICA TEM A VER COM A MEDICINA VETERINÁRIA?

TUDO COMEÇOU QUANDO EU TINHA 12 ANOS DE IDADE E GANHEI UM CANARINHO BELGA QUE FOI MEU PRIMEIRO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO. SEU NOME ERA “GUINGO”.  EU ESTUDAVA ACORDEON E GUINGO FICAVA NA SUA GAIOLA, APENAS PIANDO E PRESTANDO ATENÇÃO A TUDO QUE SE PASSAVA AO SEU REDOR. PORÉM, QUANDO EU TOCAVA UMA MÚSICA CHAMADA “MR. SANDMAN”, GUINGO CANTAVA COM TODA A FORÇA DOS SEUS PULMÕES E PARECIA QUERER COMPETIR COM O SOM DO INSTRUMENTO. FICAVA MAIS ALEGRE, ANIMADO E PULAVA SATISFEITO DE UM POLEIRO PARA O OUTRO. E ISSO SÓ ACONTECIA COM ESSA MÚSICA... PORQUE SERIA?

HOJE, APÓS TANTOS ANOS, OS PESQUISADORES VÃO SE APROXIMANDO DA RESPOSTA PARA AQUELA PERGUNTA. JÁ VEM CAINDO POR TERRA A IDÉIA DE QUE SÓ OS HUMANOS SÃO CAPAZES DE APRECIAR MELODIAS. PESQUISADORES VÊM DESCOBRINDO QUE AS AVES SÃO CAPAZES DE IDENTIFICAR ALGUMAS MÚSICAS, E QUE CÃES SE SENTEM BEM AO OUVIR CANTIGAS DE NINAR, ACALANTOS QUE OS FAZEM RELAXAR. EXPERIMENTOS COMPROVARAM QUE EM BOVINOS HOUVE AUMENTO DA PRODUÇÃO LEITEIRA QUANDO A ORDENHA FOI ACOMPANHADA DE MÚSICA, E CAMUNDONGOS TIVERAM SUA ATIVIDADE MOTORA BENEFICIADA DURANTE A NATAÇÃO, QUANDO FORAM SUBMETIDOS A 24 HORAS DE MÚSICA CLÁSSICA. OUVIR MOZART PROPICIOU MELHOR PERFORMANCE AO  NADO  DESSES ANIMAIS.

ESTUDOS JÁ REVELARAM QUE OS ANIMAIS TÊM UMA CRIATIVIDADE MUSICAL PRÓPRIA. E NÃO SÓ OS PÁSSAROS SÃO CAPAZES DE MONTAR FRASES MELÓDICAS, MAS AS BALEIAS JUBARTE E AS FOCAS TAMBÉM O FAZEM, COM TEMAS SIMPLES, PORÉM VARIADOS.

A MÚSICA ESTÁ PRESENTE ATÉ MESMO NO RITMO DO CAMINHAR DOS ANIMAIS. PODEMOS, POR EXEMPLO, PERCEBER NA ANDADURA  DO CAVALO  O COMPASSO BINÁRIO NO TROTE; O COMPASSO QUATERNÁRIO, NO TROTE; E O COMPASSO TERNÁRIO  NO GALOPE CURTO. QUEM É QUE NÃO SE LEMBRA DOS FILMES ONDE APARECIAM NO PICADEIRO DO CIRCO, BAILARINAS DANÇANDO NO DORSO (LOMBO) DOS CAVALOS, AO SOM DAS VALSAS VIENENSES DE STRAUSS?

PODEMOS, SEM DÚVIDA, AFIRMAR QUE A MÚSICA ESTÁ EFETIVAMENTE OCUPANDO UM ESPAÇO NA AREA DA SAÚDE. HOJE, JÁ EXISTE, POR EXEMPLO, EM SÃO PAULO, UMA ORQUESTRA QUE LEVA MÚSICA PARA DENTRO DO HOSPITAL. E COMO NÃO FALAR DA MUSICOTERAPIA USADA A AMENIZAR O SOFRIMENTO DOS DOENTES INTERNADOS? E OS BERÇÁRIOS QUE TÊM MÚSICA AMBIENTE PARA TRANQUILIZAR OS BEBÊS?

EM 2007, UM MUSICOTERAPEUTA PUBLICOU SUA MONOGRAFIA SOBRE O EFEITO DA MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CÃES COM DEPRESSÃO. E OUTRAS EXPERIÊNCIAS VÊM SENDO REALIZADAS NA ÁREA DA MEDICINA VETERINÁRIA, COMO, POR EXEMPLO, O APOIO DA MÚSICA DURANTE O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DE UM TUMOR EM UMA CACHORRINHA DE APENAS 2 ANOS DE IDADE, COM RESULTADO SUPREENDENTE!

DIANTE DO QUE FOI VISTO ATÉ AQUI, PODEMOS ENTENDER QUE ESTÁ OCORRENDO UMA TROCA DE SABERES QUE OS PESQUISADORES DENOMINARAM DE TRANSDISCIPLINARIDADE. HÁ O RESPEITO DE UM SABER PARA COM O OUTRO.  HÁ UM DIÁLOGO POSSIVEL ENTRE A CIÊNCIA E A ARTE QUE PODE SER ENTENDIDO COMO UM PROCESSO DE UNIFICAÇÃO DE CONHECIMENTOS ONDE OS SABERES SE RESPEITAM.

VEJO A MÚSICA COMO A ARTE QUE TRAZ CONSIGO A CIÊNCIA EXATA EXPRESSA NA SUA ESTRUTURA RÍTMICA; DO OUTRO LADO, A ANATOMIA, A FISIOLOGIA E A HISTOLOGIA DEIXAM ENTREVER O CORPO, QUE É TAMBÉM UM INSTRUMENTO MUSICAL CAPAZ DE FAZER ARTE, DE CRIAR  ARTE. É QUANDO A CRIAÇÃO ARTÍSTICA E A CRIAÇÃO CIENTÍFICA SE TORNAM IGUALMENTE IMPORTANTES. POR ISSO, HOJE TENHO A RESPOSTA PARA A PERGUNTA QUE VEM SENDO FEITA AO LONGO DESSES ANOS TODOS: O QUE É QUE A MEDICINA VETERINÁRIA TEM A VER COM A MÚSICA?

EU RESPONDO: ELAS SÃO IDÊNTICAS NA TRANSDISCIPLINARIDADE. SÃO SABERES QUE SE ARTICULAM, CAPAZES DE SE INTEGRAR E UNIFICAR. COMO DISSE AKIKO SANTOS, PESQUISADORA: NENHUM SABER É MAIS IMPORTANTE QUE O OUTRO!

EU SOU MÉDICA VETERINÁRIA E EU SOU TAMBÉM MUSICISTA. AGRADEÇO AOS ACADÊMICOS O CONVITE PARA FAZER PARTE DA ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS NA CLASSE DAS BELAS ARTES. AGRADEÇO TAMBÉM AOS COLEGAS MÉDICOS- VETERINÁRIOS AQUI PRESENTES, AOS CORALISTAS E AMIGOS QUE TORNARAM NOSSA FESTA MAIS BONITA!

03/05/2013

AMVERJ X SOCIEDADE

Participação da AMVERJ no Dia Mundial da Saúde (07 de abril) no Campo de São Bento em Niterói.


Presidente da AMVERJ: Aristeu Pessanha Gonçalves; Presidente do Instituto Vital Brazil: Antônio Werneck e Presidente da SOBRAHSP: Waldenir de Bragança.

02/05/2013

Manifesto sobre o Abate Clandestino

Aos Ilustres colegas.


O Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários Higienistas de Alimentos, divulga manifesto sob o abate clandestino, retirado durante o XII Congresso Latino americano e Brasileiro de Hgienistas de Alimentos, IV Encontro Brasileiro dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal e II Encontro Nacional das Vigilâncias das Zoonoses, realizados de 23 a 26 de abril do corrente ano, Gramado - RS.

Zander Barreto Miranda.
Vice presidente do CBMVHA.




Segue o manifesto:

Tendo em vista os recentes comentários, reportagens em diversos órgãos de imprensa, e a repercussão decorrente, particularmente entre os consumidores, que não têm a informação técnica indispensável para avaliar o grau de complexidade do que está sendo divulgado e, acima de tudo, para o esclarecimento da população em geral, o COLÉGIO BRASILEIRO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS HIGIENISTAS DE ALIMENTOS vem a público para relatar, no exato momento da realização do VI Congresso Latinoamericano e XII Brasileiro de Higienistas de Alimentos, II Encontro Nacional das Vigilâncias das Zoonoses e o IV Encontro Brasileiro dos Serviços de Inspeção, em Gramado, RS, que reuniu mais de 1.800 participantes especialistas:

  1. Os fatos divulgados sobre abates clandestinos não são, lamentavelmente, novidade, já que inúmeras vezes foram denunciados pela imprensa, Ministério Público, entidades ligadas à saúde pública e, particularmente, pelas entidades regulamentadoras e representativas da profissão médico-veterinária.

  1. Tais fatos representam o detalhe de um segmento no qual se incluem outros produtos de origem animal, como os derivados cárneos, lácteos, pescado, mel, aves, e outros, que, inadvertidamente, e por várias e complexas razões, não passam pelo crivo da fiscalização sanitária. O produto alimentar clandestino não é exclusivo apenas de um segmento, sendo objeto da constante preocupação de órgãos específicos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, especificamente aqueles ligados à saúde pública e à economia.  

  1. Com significativa frequência, órgãos técnicos do governo e de países importadores de alimentos brasileiros, assim como a própria mídia, têm mostrado essa distorção das cadeias produtivas agroalimentares, com farta produção de documentos recomendando providências para a solução, senão definitiva, pelo menos amenizadora de tão grave situação, que atenta não somente contra a saúde pública, mas também contra a economia nacional, uma vez que origina prejuízos incalculáveis ao governo.

  1. É incorreto, senão injusto, desfigurar a capacidade e o prestígio dos órgãos oficiais brasileiros, para a solução da clandestinidade da produção de alimentos e, em particular, ao abate clandestino dos animais considerados de produção. A história cumprida e marcada pelo Serviço de Inspeção Federal, ao longo dos 98 anos ininterruptos de sua existência, não deixa quaisquer dúvidas acerca do esforço hercúleo na luta inflexível para a obtenção de produtos alimentares seguros, saudáveis, não só sem riscos biológicos, químicos ou físicos, mas, sobretudo, que promovam a saúde do consumidor. Sua história,  pautada pela consideração e prioridade que sempre recebeu do Governo Brasileiro e, ainda, pela confiança nele depositada pelos organismos sanitários internacionais, são o aval da nobreza de seus propósitos e do serviço que presta ao povo e à economia do Brasil.

  1. Ainda mais injusto o arrolamento generalizado dos médicos veterinários, citados por parcela da mídia como responsáveis pela situação e ocorrência do abate clandestino, executado sem os mínimos preceitos tecnológicos e higiênicos, quando, a bem da verdade, são exatamente estes profissionais os mais constantes delatores dessa esdrúxula situação, que lembra, historicamente, a forma de abate utilizada na Idade Média. Protagonistas de uma profissão milenar, sempre voltada ao seu objetivo antropocêntrico, notadamente quanto a saúde, os médicos veterinários não podem tolerar a pecha de responsáveis pelo status quo que se cristalizou, através dos tempos, sob o beneplácito de inúmeros e verdadeiros responsáveis. É preciso salientar que são significativamente inúmeras as propostas formalizadas por estes profissionais, nos últimos anos, para coibir tão grave situação, nos diversos níveis de atuação governamental, federal, estadual e municipal, contemplando a solução a curto, médio e longo prazos.                                                           

  1. Provas do trabalho executado, em prol da saúde da população e da economia, por estes profissionais são o interesse e o respeito a eles dedicados pelos diversos atores das cadeias produtivas alimentares, particularmente aquelas de origem animal, já que as perdas resultantes em consequência do abate clandestino têm apresentado repercussões extremamente sérias, como a sonegação de impostos, veiculação das zoonoses e intoxicações alimentares, falência da indústria organizada e idônea, fechamento dos mercados internacionais para os produtos nacionais, danos irreparáveis ao meio ambiente, desperdícios para a economia nacional de preciosas matérias primas de alto valor biológico, falseamento das estatísticas municipais, estaduais e federais de abate. Somado a isto a perda da sanidade e da produção em geral, e, ainda, a supressão dos valiosos informes com o sacrifício da sua confiabilidade e importância, o aumento dos gastos públicos com internações e procedimentos médicos, e a aplicação de maus tratos aos animais de produção, entre outros.

  1. Pode-se, ainda, explicitar de forma cristalina as principais causas deste abate considerado clandestino: disponibilidade local de grupos de animais, sonegação de taxas e impostos, baixos investimentos nas instalações e baixo custo de operação, deficiência da fiscalização por falta de recursos humanos, facilidade de colocação do produto no mercado varejista local, desinformação do consumidor, falta de punição rígida aos infratores, os aspectos socioeconômicos e políticos que giram em torno do abate clandestino.

Diante do exposto o Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários repudia esta realidade e solicita providências rigorosas e urgentes sobre o assunto, colocando-se à disposição das autoridades competentes para o auxílio nas intervenções necessárias bem como dos diversos atores componentes da cadeia produtiva de alimentos cárneos, comprometendo-se com a ampla divulgação do assunto para a população.