07/02/2013

Embargos à carne brasileira por encefalopatia espongiforme bovina

Um caso de encefalopatia espongiforme ocorrido no Brasil em 2010 segue repercutido nas exportações de carne bovina brasileira. No início de dezembro de 2012, um exame laboratorial conduzido pela OIE conformou a presença da proteína causadora da doença. O caso ocorreu em uma fazenda de Sertanópolis, no Paraná. Este achado levou o Japão, China e África do Sul à embargarem a carne brasileira.

Na opinião de João de Almeida Sampaio Filho, vice-presidente de Relações Exteriores do Grupo Marfrig, as atitudes dos países são "alarmistas e desnecessárias". Sampaio Filho foi um dos 80 empresários brasileiros que foram à Rússia junto com a delegação da presidente Dilma Roussef, que fez uma visita oficial ao país. O brasileiro Grupo Marfrig é uma das maiores empresas mundiais de produção de alimentos à base de carnes bovina, suína, de aves e de peixes.

Segundo ele, a OIE ( Organização Mundial para Saúde Animal) considerou o caso insuficiente para mudar o status brasileiro e nem para suspender nenhuma das operações. O Brasil tem quase 200 milhões de cabeças de gado, não é um caso isolado que vai mudar a avaliação da OIE sobre o país.

A  vaca que apresentou a doença no Paraná morreu em dezembro de 2010, com 13 anos, idade já avançada para o animal. Nos primeiros exames, feitos no Brasil, não foi identificada a proteína infectante, mas uma contraprova feita em junho teve resultado positivo. Uma terceira análise feita em um laboratório britânico no início de dezembro confirmou a doença.


FONTE: Artigo de autoria da Médica Veterinária Zilah Cheuiche, retirado da revista A HORA VETERINÁRIA, Edição191; Jan/ Fev 2013; página 10.





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